Ontem decidimos imitar os vídeos do Mohamad no YouTube em que ele passa “24” horas comendo em diversos cafés, bares e restaurantes de um mesmo bairro. Obviamente não tivemos a mesma disposição que ele e só conseguimos ir em quatro dos cinco que previmos (o que já foi muito!). O bom de viajar com o Lucas é que ele é realmente muito bom em descobrir lugares que vamos gostar e que provavelmente frequentaríamos se morássemos nas cidades. Queria dar esse crédito a ele porque se fosse por mim eu provavelmente estaria perdida em algum buraco engana turista.
O café fica em Colegiales e fomos até ele porque o Lucas estava curioso para provar o café de lá. O lugar é todo branco, o que automaticamente faz parecer que é mais sério do que os outros no quesito torrar e fazer café. Como eu não bebo café, aproveito para provar os docinhos e os dois que comi eram bem gostosos e delicados. Dei mais uma chance para o alfajor, já que não havia curtido muito o que provei ontem no Padre, e amei. Esse era perfeito, com a massa levinha e mais compacta, recheado de doce de leite com cobertura só na metade para não deixar tão doce.
O ambiente é bem agradável também, numa quinta-feira de manhã estava vazio. Sentar nas mesas de fora foi ótimo para começar o dia.
Depois de uma longa caminhada, chegamos ao Koko Bao Bar. Sou apaixonada por baos (o meu preferido de São Paulo é o do Mica) e esse surpreendeu. Ele era enorme, vinha com um monte de batata, o pão era fofinho e superrecheado. O lugar é todo rosa com alguns quadros modernos na parede, obviamente um cenário para fotos. Quando chegamos havia apenas uma dupla de meninas lá tirando fotos de seus pratinhos. É o tipo de estabelecimento que tem fãs, por isso vende até merch. Às vezes tenho medo de ir nesses porque é fácil se decepcionar ao perceber que eles ficaram mais presos ao hype e esqueceram da comida, mas não achei que foi o caso. Tudo que provamos estava bem gostoso (especialmente o dumpling de abóbora).
Pertinho do Koko Bao Bar fica a Salvaje Bakery. A música lá é alta, os pães são bonitos e as paredes são escuras. Foi o lugar mais discrepante que fomos na viagem até agora. Infelizmente, já estava satisfeita e não consegui provar nada além de uma media luna de doce de leite (até agora não entendi 100% qual é a diferença dela pra um croissant). Eles parecem ser bem especializados no ofício de fazer pão, em uma próxima viagem quero voltar para experimentar outras coisas.
Voltamos para o Airbnb a pé, uma caminhada de mais ou menos meia hora. Paramos no meio do caminho para o nosso primeiro destino que não envolvia comida: a livraria Libros del pasaje.
Pulamos o restaurante que tínhamos planejado ir jantar e acabamos indo só para o bar, que seria nossa última parada. A ideia dele era bem promissora, drinks refrescantes feitos com água com gás que você mesmo monta com a ajuda de um sifão trazido à mesa. Acontece que o sifão não acompanha todos os drinks, apenas os que são para dividir, os atendentes estavam meio atordoados com a quantidade de gente que foi chegando ao longo da noite e a comida não era tão gostosa. Talvez minha barra estivesse muito alta pelas últimas experiências. Mas foi legal sim, um jeito divertido de terminar nosso dia de várias paradas gastronômicas.